segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Para enfrentar a disputa por uma vaga, o designer gráfico deve munir-se de um portfólio atraente, que mostre seu estilo.

Em alta, na era da informação

O visual de um jornal ou de uma revista é um dos atrativos que fazem os leitores se manterem fiéis a uma publicação. Da mesma forma, o visual de um folheto de propaganda tem o poder de fazer o leitor se interessar ou não pelo que está sendo anunciado. Por isso, as empresas jornalísticas investem pesado na reformulação de seus projetos gráficos e as agências de propaganda chegam a esboçar dezenas de propostas visuais, até chegar ao logotipo definitivo de um produto.

Essas são tarefas típicas do designer gráfico, que trabalha não só em publicações e agências de publicidade, mas na produção de cartazes, manuais técnicos, embalagens, placas de sinalização e em todas as áreas das artes gráficas. Um apurado senso estético e o domínio das tecnologias gráficas e digitais são requisitos fundamentais para o sucesso nessa área – especialmente rica em oportunidades nesta era da informação.

“São poucos os profissionais realmente habilitados. Assim, os que entram no mercado e provam sua competência são muito valorizados”, justifica Alécio Rossi Filho, coordenador do curso de Design Gráfico do Senac, em São Paulo, um dos únicos no Brasil com nível superior. Embora a carreira universitária seja recente, os designers gráficos com formação superior saem direto dos estágios para as empresas, com salários iniciais em torno de R$ 2 mil – um patamar elevado se comparado a outras atividades.

Os profissionais que se dedicam à pesquisa em Design Gráfico encontram boas oportunidades em empresas de produção gráfica, emissoras de TV, estúdios fotográficos. Mas o mercado de trabalho é especialmente favorável para quem se especializa nas novas linguagens digitais e eletrônicas. Empresas que exploram o nicho da internet estão sempre em busca de especialistas (ainda raros) na concepção visual de sites.

Apesar das boas ofertas de trabalho, muitos autodidatas competem com aqueles que têm formação acadêmica. Para enfrentar a disputa por uma vaga, o designer gráfico deve munir-se de um portfólio atraente, que mostre seu estilo. “Isso é relativamente fácil para quem tem mesmo vontade de se firmar na área”, explica o coordenador do Senac. “Basta aproveitar as oportunidades de estágio que aparecem durante o curso. Elas constituem a bagagem básica para o exercício profissional e contam pontos na hora de o recém-formado se candidatar a um posto de trabalho.”

Design Gráfico, com raras exceções, como o Senac em São Paulo e a Universidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que oferecem cursos de graduação, constitui uma disciplina dentro de desenho industrial. Por isso, quem deseja se direcionar mais para projetos gráficos deve consultar a grade curricular dos cursos para saber quais os que dão maior ênfase a essa especialização.

Duração média do curso: quatro anos

0 comentários: